Orgulho Autista

 Hoje é dia mundial do orgulho autista. Eu sou autista e eu queria aproveitar essa data pra dizer que nós autistas somos pessoas como qualquer outra. Claro que temos nossas dificuldades, mas isso não faz om que sejamos incapazes de fazer as coisas. Autistas podem sim fazer de tudo! Eu, por exemplo, posso dizer que fiz muitas coisas, algumas mais difíceis, mais eu consegui e acredito que ainda conseguirei fazer muito mais! Não só hoje, mas todos os dias, peço que parem de uma vez por todas com o preconceito com autistas e que comecem a nos respeitar e nos enxergar como pessoas capazes!

Falando de Luto - parte 2

 Outra experiência que eu tive de perder alguém tão próximo a mim, foi no início de 2023. Minha primeira cachorrinha, a Cléo, da raça Maltês, que meu pai me deu em 2006.  A Cléo começou a ter convulsões desde meados de 2020. No início, as convulsões eram bem espaçadas e ela tinha quando ia pro Petshop tomar banho. Acreditávamos que ela tinha convulsões porque já era mais velha, ceguinha (com catarata) e se sentia assustada por não saber onde estava. Mas, de agosto de 2022 pra cá, ela foi piorando bastante, suas patinhas começaram a ficar muito fraquinhas e ela escorregava com mais frequência, trombava em tudo. Quando andava ficava sempre mais próxima às paredes, para ter uma noção de onde estava.  E, assim, foram passando os meses e ela só piorando. A partir do final de novembro, depois de tempos, voltou a ter convulsões e além disso, tinha engasgos frequentes quando comia banana e petiscos. Também, começou a  dormir bastante, mais que o normal, estava mais carentezinha e dengosa. Comecei a perceber que ela não estava bem e que ela já não iria aguentar muito tempo comigo, meus mais e a Nina, minha outra cachorrinha. E cada vez mais esse sentimento só ia aumentando e com muita certeza. Nas viradas de ano dos anos anteriores, ela sempre era toda animadinha e quando caia espumante no chão ela ia lá correndo e lambia. Mas, na virada de 2022 para 2023, ela estava toda quietinha, passou mais tempo do que o normal dormindo. E eu ainda continuava minha preocupação com ela. Nos dias seguintes, já em janeiro, do mesmo jeito, ela foi só piorando. Passou janeiro quase todo bem mal, dia após dia sempre piorando, até que na quarta-feira, dia 25, ela amanheceu péssima com muita dor, não aguentava ficar em pé, ficava só deitada quietinha. Quando a pegávamos  no colo, ela começava a gemer de dor. Ela passou o dia quase todo assim, até que eu e meu pai resolvemos levar a Cléo em uma clínica veterinária 24h. Saímos logo no início da noite para levar a Cléo. Chegando na clínica, demos o histórico da Cléo e explicamos que naquele dia ela não tinha amanhecido bem e passou o dia com muita dor. A  veterinária a levou para fazer uma bateria de exames para descobrir o porquê das dores da Cléo.  Os resultados dos exames mostraram que a Cléo tinha sopro no coração e estava com um grande aumento intestinal. Ela não aguentou mais e se foi. 

Foi muito dolorosa pra mim a perda da Cléo, pois além dela ter sido minha primeira cachorrinha, foi ela quem me ajudou quando eu mais precisei para que eu não tivesse mais medo de cachorro. Por conta dela eu superei meus medos. Ela que foi minha super companheira durante 16 anos e era pra ela que eu contava tudo, absolutamente tudo primeiro, antes de contar pra qualquer pessoa.