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Orgulho Autista 2025

 Hoje é Dia do Orgulho Autista. E venho dizer que nós autistas somos pessoas como qualquer outra, e merecemos todo o respeito, porque a incl...

sábado, 28 de dezembro de 2024

Graduação Concluída: uma felicidade!

Há alguns dias atrás fui fazer minhas fotos de formatura da faculdade. Foi uma sensação tão boa, tão gratificante, de saber que consegui chegar aonde cheguei, consegui passar pela escola e pela faculdade e ter um diploma da graduação de um curso pra me tornar uma profissional. Isso tudo porque tenho diagnóstico de Síndrome de Asperger. É uma vitória!

Quando eu era pequena, uma vez, minha mãe e minha avó me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Respondi que eu queria ser Mãe. Mas aí elas me explicaram que elas estavam se referindo às diversas profissões existentes e me citaram alguns exemplos. Então, falei que queria ser professora.

Sempre gostei muito de brincar de escolinha, quando pequena. Mas como sou filha única, eu juntava meus vários cadernos de escola, dos anos anteriores e colocava todos enfileirados, fingindo que eram meus alunos imaginários que estavam ali assistindo aula e eu era a professora .

Às vezes, eu colocava minha avó pra ser diretora da escolinha e minha mãe pra ser coordenadora. Outras vezes, quando eu brincava na casa da minha avó, ela queria dar aula e queria que eu assistisse a aula.  Mas, eu ficava com raiva quando ela pedia pra inverter os papéis nas brincadeiras, ela sendo a professora e eu a aluna.

O mesmo acontecia quando eu brincava com minha tia, irmã do meu pai. Começava a brincadeira comigo sendo a professora, mas quando ela pedia para mudar e ela ser a professora, eu ficava brava.

A escolinha era tão bem equipada que até quadro de verdade, tinha. Um quadro que meu pai me deu, trouxe do trabalho dele, para mim, e ainda comprou caneta para quadro e apagador.

Depois dessa pergunta que minha mãe e minha avó me fizeram, e, das várias vezes que brinquei de escolinha, lá estava eu, decidida: eu queria ser professora. Anos se passaram e mesmo assim, essa era minha decisão. Então,  em 2015 fiz o Enem e em 2016 ingressei  no curso de pedagogia. Durante minha trajetória acadêmica foram muitos os desafios, como enfrentar uma pandemia e três mudanças curriculares na pandemia e logo após, o que impactou muito essa vida acadêmica, mas eu consegui. Me formei.

Saber que eu cheguei até aqui, consegui concluir meu curso e consegui me formar me enche de felicidade e sinto orgulho de mim mesma. E eu como uma jovem autista, venho hoje dizer que todo autista consegue sim fazer de tudo, se tiver apoio das pessoas ao redor, se tiver força de vontade e batalhar pelos sonhos, porque autismo não é doença, é somente  um modo de funcionamento neurológico diferente do padrão! E nós autistas, somos pessoas como qualquer outra.











quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Dançante

O intuito era fazer um exercício para eu emagrecer, perder uns quilinhos. Então depois de muitas tentativas em fazer ginástica, lembrei-me da dança.

Tomei iniciativa: fiz aula experimental, gostei e me matriculei. Um espaço super acolhedor, com professoras incríveis. Lá estava eu, feliz por ter voltado a dançar, depois de muitos anos.

O estilo de dança que eu escolhi, antes de partir pra dança, sempre tem alongamentos e exercícios aeróbios pra fortalecer o corpo. 

Eu estava feliz com a dança.

Por fim chegou o semestre mais esperado,de agosto a outubro. Além de dançar, nos preparávamos para o grande espetáculo, que seria no Teatro SesiMinas.

Minha turma era uma das mais alegres. Então, nossa coreografia foi no nosso estilo, cheia de magia, amor, alegria, brincadeiras, diversão.

É assim que descrevo a sensação de fazer algo que gostamos. Muita alegria e companheirismo. Eu gosto da dança e de todo o prazer que ela  me proporciona.

Fotos: @gabscmonteiro 

Montagem: por mim

Texto: por mim 

Escola de dança: @casulo.carolsaletti