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Orgulho Autista 2025

 Hoje é Dia do Orgulho Autista. E venho dizer que nós autistas somos pessoas como qualquer outra, e merecemos todo o respeito, porque a incl...

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Dica de Livro - parte 3

Livro: Autismo e Espiritismo: Acolhimento e Terapêutica Mentomagnética

Autor(a): Gustavo Henrique de Lucena

Editora: Casa Editora O Clarim

Resumo: O livro retrata sobre o estudo do Autismo e o Espiritismo e ao longo dele, nos mostra que  Deus envia os seres que encarnaram com Transtorno do Espectro Autismo, para trazer amor para suas família, assim expandindo laços familiares. Além disso, mostra que os autistas já vem com um projeto de vida planejado e com espíritos protetores que os ajudarão e acompanharão durante sua trajetória. Ao longo da vida, os autistas passam por diversos reajustamentos da mente, pois, segundo os estudos do livro, os autistas são espíritos com desequilíbrios que resultam nas alterações da mente/cérebro. Os autistas, nessa missão de reencarnação, precisam ser evoluídos para entender as mudanças na humanidade, assim provocando mudanças no seu estado vibratório. Assim, eles trazem harmonia entre os mundos espiritual e terrestre e o amor divino, compreendendo a vida de todos e os propósitos de Deus. Essa foi a forma com que Deus encontrou para construir e reconstruir elos afetivos entre as pessoas, pois o coração é a chave de todas as portas da incompreensão. 
O livro também retrata o porque de pessoas reencarnarem como autista. Foi descoberto que para reencarnar nesta condição, ocorrem desestruturações mentais devido a atos de vidas passadas, geralmente, coisas ruins. Por isso, são reencarnados em corpos com modificações específicas ou limitações, para que fossem superadas e exemplificadas a fé e a coragem como guerreiros diferentes, assim acabando com o ódio acolhendo o próximo, para a chegada de gerações futuras. 
Uma boa ajuda aos espíritos autistas seria ir à uma casa espírita, onde se predomina o respeito fraterno, para assim, entenderem melhor que, autistas não são condenados e não violam os direitos comportamentais, e sim, os que não conseguem se colocar no lugar dos autistas, e praticam sempre o mal. As casas espíritas devem tratar os autistas com todo carinho, atenção e como um espírito caridoso. Na hora do passe, o ideal é que para o conforto dos autistas, seja oferecido algo que prenda a atenção, para que se torne um ambiente mais acolhedor. Ao invés dos passes serem feitos com o movimento repetitivo das mãos, o apropriado seria colocar as mãos na cabeça dos autistas, em, preces. No passe falado, o ideal seria procurar formas mais fáceis de conversar com os autistas, com clareza da situação. Não é adequado falar com a família dos autistas na conversa, algo que demonstre pena ou outras dificuldades em que a família esteja passando.

Quantas estrelas dei: ☆☆☆☆☆

Gostei bastante do livro. Ao fazer a leitura dele, senti uma leveza, uma sensação de mais reconhecimento de mim mesma e pude entender melhor sobre Autismo e Espiritismo, pois mesmo eu sendo católica, acredito bastante no espiritismo e gosto bastante.  



segunda-feira, 3 de abril de 2023

Falando de Luto - parte 1

Venho, hoje, contar sobre uma experiência que vivi no meio do ano passado. 
Dia 13 de Julho, minha avó materna, Eneida, teve que ser internada no hospital. Ela tinha pegado Covid uns dias antes e estava terminando de se recuperar. Chegou ao Hospital desfalecida e os médicos a colocaram numa sala de emergência para monitorá-la e para fazerem exames para descobrirem o porque isso estava acontecendo com ela. Passado algumas horas, levaram ela para o CTI  e minha Tia Lilian ficou durante toda a estadia de internação com ela. 
Os médicos fizeram vários exames e foi descoberto um problema na válvula do coração que estava bem ruim. Ela teria que fazer mais exames porque os médicos teriam que estudar melhor o caso dela para resolverem qual tipo de cirurgia minha avó poderia fazer. 
Depois de mais exames e avaliações médicas, foi resolvido que minha avó iria fazer a cirurgia de troca de válvula por meio de cateter, e a cirurgia iria ser marcada para o dia 4 de agosto.
No dia da cirurgia, ela entrou para a cirurgia as 15:30hrs. O procedimento acabou 18:30hrs. Quando foi 19hrs, tiveram que voltar com minha avó para o bloco cirúrgico, pois ela estava se queixando de muita dor na perna direita. Ela passou a boa parte da madrugada na mesa de cirurgia, pois, com a perda de sangue, estava começando a dar trombose com risco de perda total da perna direita. Dia 5 pela manhã ela estava no CTI intubada e sedada para o conforto dela, mas os médicos ligaram para minha tia Lilian em torno de 12:30hrs pedindo que a família fosse ao hospital para o horário de visita as 15hrs, mas pediram que chegássemos antes porque queriam conversar com a gente. Chegamos lá por volta de 14:40hrs e subimos para o andar do CTI. Na hora estávamos somente eu, minha Mãe, minha Tia-Avó Elza e meu Avô Nonô. O médico nos relatou que na cirurgia ocorreu tudo bem, teve algumas complicações, eles tentaram estabilizá-la com altas doses de medicamento pela manhã do dia 5, mas ela não resistiu e veio a falecer às 13hrs do dia 5. 
Os médicos liberaram para que entrássemos no CTI para que pudéssemos ver o corpo e despedir dela. Foi doloroso saber que minha avó tinha partido, mas de início, me mantive forte, não chorei nada lá no hospital, pois eu achava que se eu chorasse eu iria ser fraca e eu achava que eu precisava ser forte para apoiar meus familiares, mas principalmente minha Mãe. Fiquei no hospital o restante da tarde para acompanhar meus familiares no procedimento burocrático e na papelada para preparação do velório. Mas assim que entrei no carro do meu pai, quando ele foi me buscar, desabei a chorar. Chorei de pouco a pouco, mas não o tanto que era esperado no dia. No dia seguinte no velório foi a mesma coisa, me mantive forte a maior parte do tempo, ajudei minha mãe, minha tia e meu avô com a recepção de todos ali presentes, ajudei minha mãe com a música que iria ser tocada no velório, mas chorei na hora que o caixão estava sendo fechado para sair à caminho do túmulo para ela ser enterrada.
Depois do dia do enterro, só fui chorar mesmo, uns 7 dias depois, no dia da Missa de 7o dia da minha avó e como demorou esses dias todos para o choro vir, isso refletiu no meu emocional e eu além de chorar bastante, passei muito mal, vomitando sem parar, com desidratação.
Foi uma dor imensa a perda da minha avó, pois éramos muito ligadas uma à outra. Além disso foi a primeira vez que perdi alguém mais próxima ainda de mim. 
Minha avó paterna faleceu quando eu ainda era bebê de colo, eu tinha apenas 10 meses, então a única lembrança que tenho dela são fotos e vídeos. Meu avô paterno só vi um vez na vida quando eu tinha 8 anos, então nem senti nada direito quando ele faleceu. Minha outra tia-avó materna, Eunice, faleceu em 2017 e eu não fui no velório e o mesmo com o marido dela que faleceu em 2013.